Procura

domingo, 3 de julho de 2011

Casa das Máquinas - Casa do Rock

Este fabuloso álbum desta graciosa banda é do ano de 1976. É o terceiro álbum em sua discografia e conta com a presença de Simbas, um engenhoso cantor do rock'n'roll setentista no Brasil, cuja história é ligada a bandas como a pomposa Tutti-frutti. Sobre este cantor, alguns dizem que sua presença era andrógena e outros afirmam que ele tinha um tom meio rude no palco, mas isto pouco importa, pois sua voz era cativante e bastante atualizada com as tendências dos vocalistas de além mares daquela década. A Casa das Máquinas passou por diversas formações e a mudança da linha sonora de seus álbuns reflete, em partes, a evolução do rock'n'roll no mundo, indo do progressivo ao hard rock. Em 1978 lançaram seu último álbum, para voltar aos palcos em 2007, em festivais como o Psicodália, que acontece no eixo-sul e promove e provoca desde 2001 a profissionalização de bandas e a consciência crítica musical dos ouvintes.

É muito feliz ver que bandas pioneiras no arrojo e no estilo, como esta, conseguem resistir ao sopro do tempo para contar-nos um pouco de sua experiência com a música, com a sociedade, os palcos e ensinar algo de sua vivência com a música dos jovens. Hoje, dos integrantes de antigamente, a banda conta com Luiz Franco Thomaz, Mário Franco Thomaz e Mário Testoni. A letra desta canção que resgatamos para vocês é curiosa, pois, até onde pudemos mapear com nossos circuitos sinápticos, fala sobre razão, esquecimento, amor e existência.
Segue:
Fiz transações pra poder entender
O que é a razão ao meu ver
Sem saber em que bicho vai dar
Minha mania de ser
De querer a missão de cantar
Pra mim só importa gostar
De você e o melhor pra nós dois
É pensar em amar
Não olhar para trás
Pra não ver os pecados banais
Não há tempo pra esperar
Quem não pode mais nos alcançar
Só ficou para trás
Quem não canta e não sabe amar.

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